Ansiedade: quando o medo do amanhã me sequestra o hoje


Mulher com insônia. (Foto: Envato / amenic181)

O Brasil é o país da maior festa da humanidade – o carnaval. Tornou-se um patrimônio cultural do mundo. É o campeão da folia, mas também em transtorno de ansiedade. O Brasil sofre uma epidemia de ansiedade.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o País tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno.

Tal País, no entanto, é o maior País cristão do mundo. Ainda assim temos índices altíssimos de violência, corrupção, fome, depressão e suicídio (33/dia).

O que é a ansiedade?

A ciência diz que é uma sensação ou sentimento (reações inerentes ao ser humano) decorrente da excessiva excitação do sistema nervoso central consequente à interpretação de uma situação de perigo. O perigo não adoece. O que adoece é a interpretação que o indivíduo faz de uma situação de perigo.

Para a psicologia, a ansiedade é um estado emocional de apreensão, uma expectativa de que algo ruim aconteça. Enquanto o medo tem um objeto definido, a ansiedade é uma emoção difusa, voltada para o futuro.

Outra definição é: uma preocupação intensa, excessiva e persistente e medo de situações cotidianas.

Para o meu pastor e mentor, Neil Barreto, o ansioso é vítima de um sequestro existencial.  Para ele, a ansiedade é o desejo de controle e antecipação do futuro unida ao medo de tal controle e antecipação do futuro não acontecerem.

Então, qual é o problema da ansiedade?

É que nós já sabemos inconscientemente que esta possibilidade, de antecipar e controlar o futuro, é uma falácia. Não podemos lidar com os “amanhãs”. Tudo o que temos é o “agora”.

Na prática, a ansiedade é um sentimento que, de qualquer forma, frustrará quem o possui. Quem foi sequestrado pela ansiedade não poderá viver uma vida plena. Ou a gente remonta a nossa própria percepção do futuro a partir da realidade vivida no presente, ou a gente viverá cada “hoje” nosso angustiado e frustrado.

Eu também diria que a ansiedade é um tipo de incredulidade, uma negação da soberania de Deus. O cristão deveria sempre abandonar tais sentimentos e sensações de forma livre e consciente, pois as promessas do evangelho nos apontam para um futuro de glorificação e alegria eterna.

Três caminhos para a liberdade da prisão que é a ansiedade:

  • Troque a ansiedade pela comunhão com Deus (Filipenses 4.6-9);
  • Pregue a si mesmo o evangelho. Diga ao próprio coração que o seu socorro vem do Senhor (Salmos 121);
  • Mude hábitos, reconheça limitações e separe um tempo nutrir seus relacionamentos. Maycson Rodrigues

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