Por Levy Barros /
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O presidente eleito Jair Bolsonaro participou do culto na igreja Vitória em Cristo, na noite desta terça-feira (30). Ele subiu ao púlpito acompanhado do pastor Silas Malafaia, líder da igreja e um de seus mais firmes defensores nos últimos meses.
Além de agradecer pela eleição, deu uma palavra breve aos presentes, onde afirmou saber de suas limitações, mas acreditar que “Deus capacita os escolhidos”.
“Primeiro, quero agradecer a Deus por estar vivo. Pelas mãos de profissionais da saúde… Deus operou um milagre. Depois, quero agradecer também a Deus por esta missão, porque o Brasil está numa situação um tanto quanto complicada, com crise ética, moral e econômica”, afirmou.
“Quero agradecer a este povo de Deus pela confiança depositada em meu nome. E que os senhores e as senhoras podem esperar de mim uma pessoa comprometida com os valores da família cristã”, disse. Revelou que tomou a decisão de se candidatar à presidência na época de seu casamento, em 2013, cujo celebrante foi o próprio Malafaia.
Bolsonaro lembrou que seu slogan de campanha, “conhecereis a verdade e a liberdade vos libertará”, de João 8:32, veio da Bíblia, segundo a ele “a caixa de ferramentas” para consertar o ser humano.
Bastante aplaudido, ele mostrou sua emoção e pediu que as pessoas que oraram pela vida dele agora peçam a Deus para que ele consiga montar uma boa equipe de governo, que tenha “coragem” para tomar as melhores decisões para o país.
Malafaia mandou um recado à imprensa: “O Estado é laico, mas não é laicista”. Ressaltou ainda que os problemas do país não serão resolvidos em poucos meses. O pastor também enfatizou que o próximo presidente irá “mudar a história do Nordeste” ao utilizar a tecnologia israelense.
Encerrou declarando que Deus irá “mudar a sorte” do povo brasileiro. Clamando pela bênção divina sobre o presidente, ressaltou: “Deus escolheu as coisas de pouco valor, as que não são, para confundir as que são. É por isso que Deus te escolheu, Bolsonaro”.
Por Levy Barros /
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Em um vídeo gravado na Santa Casa de Juiz de Fora (MG) e divulgado nas redes sociais na madrugada desta sexta-feira (7) pelo senador Magno Malta (PR), o candidato do PSL à Presidência da República Jair Bolsonaro aparece falando pela primeira vez após o ataque que sofreu nesta quinta-feira (6), em Minas Gerais. Ele diz que nunca fez mal a ninguém e que se preparava para os riscos da campanha eleitoral.
“Até o momento, Deus quis assim. Eu me preparava para um momento como esse porque você corre riscos. Mas, de vez em quando, a gente duvida, né! Será que o ser humano é tão mau assim? Nunca fiz mal a ninguém”
Magno Malta aparece acompanhado dos filhos de Bolsonaro. No início do vídeo, o grupo orou. O candidato do PSL aparece deitado num leito da UTI. Ele está acordado e lúcido, mas a voz é fraca e baixa. O presidenciável deve ficar internado por até uma semana, segundo os médicos, e seu estado de saúde é considerado grave, mas estável.
Bolsonaro agradeceu a Deus, à família, à equipe médica que “impediu que o pior acontecesse”, e falou sobre o momento em que foi esfaqueado.
“Senti apenas uma pancada na boca do estômago. A dor era insuportável. Parecia que tinha algo mais grave acontecendo”.
Ele falou também sobre a importância da família. “A questão da família tem Deus e depois tem a família, e a família, com todo respeito aos profissionais, é importantíssima porque nesse momento é no que a gente pensa em primeiro lugar. O que nós podemos juntos é fazer e se garantir. Nesse momento em que meus filhos estão aqui, agradeço a vocês que estão aqui, minha esposa que está chegando. Obrigado Brasil. Estamos juntos!”
Bolsonaro lamentou não poder ir nesta quinta ao Rio, para o desfile de 7 de setembro. “Nesse dia, às vésperas do 7 de Setembro, infelizmente não vou poder comparecer amanhã (hoje) à Presidente Vargas, para o desfile do 7 de Setembro. Mas estamos com coração e mente, sempre tendo um Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”.
Jair Bolsonaro não deverá receber alta hospitalar antes de “uma semana ou 10 dias”, disse em coletiva de imprensa na noite desta quinta-feira (6) o médico Luiz Henrique Borsato, da Santa Casa de Juiz de Fora, um dos profissionais que operou o candidato.
“Antes de uma semana ou dez dias, ele não vai receber alta”, afirmou o médico. Ele ressaltou que o prazo é uma estimativa e que tudo dependerá de como evoluir a recuperação de Bolsonaro.
O candidato era carregado nos ombros por apoiadores quando um homem se aproximou e o atingiu na barriga. “As lesões internas foram graves e colocaram em risco a vida do paciente”, disse Borsato.
Bolsonaro chegou ao hospital por volta das 15h40 perdendo muito sangue por causa do ferimento e foi submetido a uma cirurgia de urgência chamada laparotomia exploradora. No procedimento, o abdômen é aberto para que a cirurgia possa corrigir as lesões.
O procedimento detectou que o intestino grosso foi transfixado pela faca e que houve também três lesões no intestino delgado. A facada atingiu ainda uma veia do abdômen.
“O que houve foi um sangramento na veia abdominal, que logo foi estancado, e lesões nos intestinos grosso e delgado. Foi retirada a parte lesada do intestino grosso, e o intestino delgado foi costurado”, disse Borsato. A lesão no fígado, que chegou a ser uma hipótese, foi descartada.
Cinco cirurgiões e dois anestesistas trabalharam na operação. Durante o procedimento, Bolsonaro precisou receber quatro bolsas de sangue em transfusão. A cirurgia durou cerca de duas horas e terminou por volta das 19h40. Em seguida, Bolsonaro foi levado entubado e sedado para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Segundo o último boletim médico, o político é considerado um paciente grave que está submetido a cuidados intensivos. Na noite desta quinta, ele apresentava quadro estável.
Os médicos fizeram uma colostomia temporária, procedimento que conecta o intestino a uma bolsa fora do corpo, evitando que as fezes passem e possam causar uma infecção no local onde foi tratada a perfuração. Ele deve ser submetido a outra operação futuramente, para reverter a colostomia.
Uma equipe do Hospital Sírio-libanês avalia uma possível transferência de Bolsonaro. Segundo a equipe da Santa Casa, a transferência é uma opção da família, mas neste momento o presidenciável não tem condições de ser levado para outro local.
Um novo boletim médico sobre o estado de saúde de Bolsonaro deve ser divulgado às 10h30 desta sexta-feira (7).
No momento em que foi esfaqueado, Bolsonaro fazia corpo a corpo com eleitores na região do Parque Halfeld. O suspeito de atacar o candidato foi identificado pela PM como Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos. Ele está preso na delegacia da Polícia Federal em Juiz de Fora, onde confessou o crime.
O advogado de Adélio, Pedro Augusto Lima Possa, disse que seu cliente assumiu a autoria do atentado, e que ele agiu por “motivações religiosas, de cunho político”. “Ele não tinha intenção de matar, em momento algum. Era só de lesionar”, disse Possa. G1
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