Família de Shaolin fica de frente com acusado de provocar acidendente


Familiares do humorista Shaolin
estiveram, pela primeira vez, frente a frente com o motorista acusado de
entrar na contramão da rodovia BR-230, em Campina Grande (PB) e bater
no carro que o artista dirigia, em janeiro de 2011. A mulher do
comediante, Laudicéia Veloso, e outros parentes se encontraram com
Jobson Clemente durante uma audiência no Fórum de Campina Grande, que
começou na última terça-feira (13).

 

Antes dos depoimentos, todas as testemunhas se reuniram na sala de
audiência. Foi quando Laudicéia e Jobson estiveram próximos por alguns
minutos.

 

– Foi ruim, eu não me senti bem. [Estar ao lado de Jobson] te leva para
o dia do acidente. Te leva pro momento em que você recebeu a notícia e
em que você chega no hospital e vê o estado dele. Isso tudo passou pela
minha cabeça no momento em que eu passei naquela sala que eu vi o rapaz

 

Quase todas as testemunhas convocadas pela defesa e acusação
compareceram à audiência. O enfermeiro Linaldo Rodrigues, o primeiro a
socorrer Shaolin, estava lá. Assim como os policiais rodoviários Marcelo
Rodrigues e Fernanda Guedes. 

 

Da família do humorista, foram convocados Joverlaine, o irmão mais novo do humorista, e Laudicéia.

 

Depois de seis horas, o julgamento foi suspenso. Algumas testemunhas da
defesa moram em outras cidades e ainda serão ouvidas. Na saída, Jobson
saiu rapidamente ao lado da esposa e, novamente, não falou com a
imprensa.

 

Jobson foi denunciado pelo Ministério Público por crime de trânsito sem
dolo eventual. Isso quer dizer que não existem agravantes na acusação.
Em casos assim o motorista não vai a júri popular e a sentença é
definida pelo juiz. 

 

A pena máxima prevista para lesão corporal e omissão de socorro no
transito é de dois anos para cada infração. Para o promotor Luciano
Maracajá, que acompanha o caso de Shaolin, o código de trânsito no
Brasil favorece o infrator.

 

– A soma dos dois crimes praticados pelo Jobson pode resultar em uma
condenação máxima de quatro anos. Essa pena pode ser transformada em
restritiva de direito. Ao invés de o indivíduo ir para o cárcere para
refletir sobre o mal que causou, ele vai simplesmente ter que prestar um
serviço à comunidade ou ter a carteira de habilitação suspensa, por
exemplo.

 

A sentença do juiz deve sair dentro de dois ou no máximo três meses.
Quando isso acontecer, a fase processual do caso estará encerrada. Mas
nessa casa aqui em Campina Grande outra batalha continuará sendo
travada: a luta diária pela recuperação de Shaolin.

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