Ginástica íntima fortalece musculatura e melhora prazer sexual, diz especialista


Não é pompoarismo, aquela técnica oriental que usa bolas com fios para proporcionar melhor desempenho sexual às mulheres. A ginástica íntima é outra coisa, embora também possa ajudar a atingir mais prazer. A fisioterapeuta Aline Manta, especializada em uroginecologia, explica que o termo designa uma série de exercícios que ajudam no fortalecimento da região perianal. “A gente ouve falar em disfunção sexual masculina, mas a mulher também tem. A ginástica ajuda na conscientização da existência dos músculos na região, desde quem tem fraqueza muscular, que aprende a enrijecer, ou quem tem rigidez, que aprenderá a relaxar”, afirma, em entrevista ao Bahia Notícias. Segundo a especialista, as mulheres até desconhecem que alguns sintomas podem estar relacionados com a situação da musculatura local. “A mulher que tem vagina flácida acaba perdendo contato com o pênis e fica insatisfeita com o sexo. Por outro lado, se elas ficam tensas, não conseguem ter a penetração”, exemplifica. A fisioterapeuta afirma que, com a ginástica, a mulher pode conseguir aumentar a sensibilidade no contato com o órgão masculino, ter uma tônica saudável e melhorar a circulação. “É como o resto do nosso corpo, que a gente malha na academia. Precisa estar forte também”, diz.

Aline indica que o exercício íntimo serve para prevenção de doenças como a incontinência urinária e defecal; pequenos prolapsos (deslocamento de órgãos), constipação e a urgência urinária, o desejo intenso de fazer xixi. “Se a pessoa já tem essa queixa, o tratamento deve ser mais terapêutico. O ideal seria procurar um profissional para fazer um tratamento individualizado”, diferencia. Segundo ela, a prática é feita com o exercício da mobilidade da pélvis e do quadril, que ajudam a estimular a região. Também são feitas contrações isoladas do períneo, com a sensação de abrir e fechar a região. A fisioterapeuta explica que algumas mulheres podem ter dificuldade em mover a região quando recebem a orientação. “Cerca de 30% não conseguem contrair o assoalho pélvico. Mas, quando ela aprende a ter consciência e coordenação, pode fazer os exercícios e a manutenção em casa”, afirma. Aline acredita que a aceitação das mulheres com a ginástica íntima tem melhorado. Para ela, atualmente, a maioria delas não aceita não sentir prazer. “Ainda existe um pouco de tabu, mas a mulher que está insatisfeita corre atrás e quer saber o que pode fazer para melhorar”, avalia.

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