O autoritarismo de Dias Toffoli: quase um ditador sem poderes


Dias Toffoli. (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

Lá vou eu implicar com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Será que isso é cyberbullying contra autoridades? Mas fazer o que, se ele só me dá motivos? José Antonio Dias Toffoli, o eterno advogado do petismo, insiste em agir como se a Corte fosse o Olimpo e ele um semideus.

Falo caros leitores, sobre a decisão do dito-cujo de tomar ilegalmente dados sigilosos de quase 600 mil pessoas e empresas, incluindo até mesmo autoridades brasileiras. Ele pediu que o Banco Central enviasse cópia dos relatórios de inteligência financeira produzidos pelo antigo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), atual UIF (Unidade de Inteligência Financeira).

A medida tem como base processo em que Toffoli suspendeu, em ação monocrática, o compartilhamento sem autorização judicial de dados detalhados do Coaf, Banco Central e Receita Federal com órgãos de investigação. Coisa descabida, que sofreu com duras críticas. Parte da agenda de impunidade imposta pelos “excelentíssimos”.

Como a decisão beneficiou diretamente o senador Flávio Bolsonaro, além da própria esposa do ministro Dias Toffoli, Roberta Maria Rangel, e a esposa do também ministro Gilmar Mendes, Guiomar Mendes, logo se entendeu tratar-se de coisa estranha. Pois bem!

Toffoli agora vai além, ultrapassando os limites da sensatez. Não quer só aquilo que não deveria ter, quer saber quem por direito teve acesso. Contestado pelo procurador-geral da República, o ministro não só reiterou o pedido de acesso aos dados, como também o ampliou. Agora ele quer saber quem no Ministério Público Federal (MPF) teve acesso aos dados sigilosos. Isso tem nome: abuso de poder.

AVISO: O conteúdo de cada comentário nesta página é de única e exclusiva responsabilidade do autor da mensagem. Dê sua opinião com responsabilidade!