O clima esquentou em Manoel Vitorino na sessão de votação do processo de cassação do prefeito Lenilton que mais uma vez foi adiada


Mais uma vez, a ordem do dia foi iniciada no Plenário da
Câmara de vereadores de Manoel Vitorino, desta vez, a sessão especial foi
convocada para a votação do processo de cassação do prefeito Lenilton Lopes.
Durante a leitura do processo foram citados a negligência em repassar o
duodécimo da Câmara de vereadores, fazendo sempre em atraso ou parcelas o que
vai de encontro a constituição federal, culminando assim em crime de
improbidade administrativa, sujeito ao julgamento pela Câmara de vereadores e
sancionadas com a cassação do mandato.
O Prefeito Lenilton Lopes, eleito na última eleição com
4.297 votos pelo PDT, não compareceu à sessão e foi representado pelo seu
advogado Dr. Sergio, que alegou irregularidades no processo e capricho da
oposição para cassar o mandato de um prefeito eleito pelo povo, com acusações
infundadas.
A presidente da Câmara Jocinha Lima, franqueou a palavra aos
parlamentares que de forma revanchista atacaram um ao outro com ofensas e
ironia.
A Vereadora Marlene Costa começou o seu pronunciamento
tecendo duras críticas as testemunhas do prefeito, que não tiveram coragem de
depor na câmara de vereadores e elogiou o contador Humberto Cosme Ferreira,
única testemunha do prefeito que prestou esclarecimento.
O vereador Olavo Meira, disse que, o seu compromisso é com o
eleitor que o conduziu a câmara e garantiu: “Eu não vou lhe traí”. O que foi
veementemente rebatido pelo vereador Ailton Nascimento que disse que o
compromisso dele é com os quase 15 mil habitantes de Manoel Vitorino e não
apenas com o eleitor que o elegeu.
Marcelo Vilar também não deixou por menos e fez duras
críticas a conduta do vereador Olavo Meira, acusando-o de homem de duas
palavras.
Com vários momentos de paralisações e ataques da oposição e
situação a sessão volta a sua ordem e chega a seu ponto culminante que é a
votação. O vereador Ailton faz o requerimento pelo voto secreto, que é votado e
aceito pela maioria e começa mais uma vez o quebra-pau.
O vereador Olavo Meira cita o estatuto interno da casa de
lei, mas a presidente Jocinha Lima diz que o plenário é soberano, e que
permanece o que ali foi decidido, o voto será secreto.
O vereador Clotilde chega a ser intolerante, dando tapa na
mesa e se levantando por várias vezes, demonstrando um autoritarismo e
desrespeito pelas autoridades e público presentes, a plateia não deixou por menos
e respondeu a braveza do parlamentar com vaias dizendo: “Ele não sabe votar
secreto, só sabe votar de boca”.
Quando esgotados todos os recursos dos parlamentares da
situação, e a presidente Jocinha Lima, apresentou a urna e as cédulas de
votação, o vereador Clotilde dá o seu último tapa na mesa se retirando do
plenário e os demais colegas de partido vão atrás, prolongando assim mais uma
vez, a votação do processo de cassação do prefeito Lenilton Lopes.
Levy Barros

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