PRIMEIRA PANICAT, SANDY CAPETINHA ABRE O JOGO E REVELA QUE EXISTE PROSTITUIÇÃO E HUMILHAÇÃO NO ‘PÂNICO’: ‘SAÍ PORQUE QUASE MORRI NUMA PROVA’


Regiane Brunnquell, ou melhor, Sandy Capetinha, como ficou conhecida,
foi a primeira panicat a fazer sucesso. Hoje, essa catarinense de 29
anos vive no anonimato como modelo em São Paulo, mas ainda sonha com a
carreira na telinha. Ela não chega a renegar o passado, que inclui
muitos domingos rebolando dentro de um minúsculo biquíni na TV e duas
capas de revista masculina, mas se pudesse voltar atrás…
“Gostaria de ter tido oportunidade para mostrar meu instinto artístico. Sem apelação, sem chacota, sem humilhação”, diz a bela.

Regiane no
Regiane no “Pânico”, como sua polêmica personagem Sandy Capetinha Foto: Reprodução

Intérprete da polêmica personagem do “Pânico”, Regiane entrou
no programa por acaso, após vencer o concurso Sereia da Praia, em 2007
(o mesmo que revelou Nicole Bahls). Sua passagem na atração se encerrou
quase um ano depois após sofrer um acidente durante a gravação de um
quadro.
“Saí porque quase morri. Tive uma hemorragia interna após
levar uma pancada na cabeça durante um jogo agressivo que fui obrigada a
participar. Fiquei três dias mal. Isso ocorreu na quinta-feira. Quando
foi no domingo, não conseguia entrar no programa de tanta dor. Saí da
emissora carregada por bombeiros. A sorte é que eu tinha um bom plano de
saúde”, dispara Regiane, acrescentando que não ganhava um centavo para
mostrar os atributos em rede nacional. “Foi a gota d’água para eu
decidir que não queria aquilo para minha vida”.


Foto: Divulgação

Mas nem tudo foi um inferno em sua passagem pela atração.
Regiane, que já era formada em Administração, com especialização em
Recursos Humanos, ganhou fãs no Brasil inteiro e estuda agora uma
proposta para apresentar um programa de jovens em Miami, nos EUA e outra
em Portugal. “Já que aqui no Brasil não sou valorizada…”, lamuria-se.
Para isso, precisa apagar de vez do seu currículo a imagem erotizada da
cantora Sandy, e se livrar do olho torto que recebe sempre que vai
fazer um novo trabalho.


Foto: Divulgação

“A Sandy Capetinha era para ser uma brincadeira, pelo fato de
eu ser parecida com a cantora, mas acabou virando um deboche. E não foi
ideia minha”, explica a modelo, que sonha um dia poder virar esta página
em sua vida. “Ali no programa acontece de tudo. Vi muito abuso de
poder, meninas sendo assediadas sexualmente, tendo que mostrar o bumbum
também para os integrantes do programa nos corredores só para se dar
bem, prostituição, e muito ego e humilhação. Ali existe a consciência de
que todas são iguais. E eu nunca topei nada disso. Mas o que importa é
que eles não fazem mais parte da minha vida. Não sou amiga deles e nem
dou ibope mais para o programa”, diz, sem entrar em detalhes ou citar
nomes.


Foto: Divulgação

Solteira e morando de aluguel, Regiane agora só pensa em
escrever a sua própria história sem precisar usar o nome que a tornou
conhecida: “Quero explorar outras áreas artísticas e mostrar que além do
bumbum eu existo. Se eu ficasse o tempo todo mostrando a bunda na TV ia
acabar pegando uma pneumonia”.

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