Começou o Festival de Cinema do Rio. A abertura foi na noite de
quinta-feira (27), com a exibição de um filme que conta a história de
dois grandes nomes da música brasileira. Tapete vermelho, trajes de
gala, flashes e artistas. Estrelas da noite de abertura do Festival do
Rio. Para os críticos: o mais importante acontecimento cinematográfico
da América Latina.
“O Festival do Rio é um dos poucos lugares onde o filme brasileiro tem
respeito e credibilidade, a exposição que ele merece”, afirma o ator Mateus Solano.
“Essa é a grande troca que eu acho que faz com que a gente cresça.
Experiências de todo mundo, estéticas das mais variadas”, diz Regina Duarte.
Ao todo, 400 filmes de mais de 60 países serão exibidos durante 15
dias, nos cinemas e nas praças da cidade. E o filme escolhido para ser
exibido na noite de abertura é o testemunho da vida, dos desafios, das
carreiras de um pai e de um filho, marcados pela paixão à música
brasileira: Luiz Gonzaga e Gonzaguinha.
“É uma honra, uma emoção abrir um festival tão bonito, tão bacana. Com
Gonzaga, que é um épico”, afirma o diretor Breno Silveira.
O filme, uma produção da Conspiração, coproduzido pela Globo Filmes e
pela Teleimage mostra a saga de Gonzagão no sertão do Nordeste. A
infância e a adolescência de Gonzaguinha no Morro de São Carlos, no Rio,
onde foi criado. Uma história de desencontros, de diferentes ideais que
o tempo se encarregou de transformar em uma convivência afetuosa e de
companheirismo entre os dois.
“A sensação é a mais bonita possível. Para mim, eu achei que não ia
acontecer um momento tão grandioso na minha vida quanto esse.
Interpretar o próprio ídolo”, diz o ator Júlio Andrade, intérprete de
Gonzaguinha no filme.
“Eu toco sanfona, alimento os meus filhos da tocada da sanfona, da
música que Luiz Gonzaga urbanizou. Então isso aqui é uma vitória da
música popular. Não só do cinema”, ressalta Chambinho do Acordeon, que
faz o papel de Luiz Gonzaga.
“Estou muito feliz, muito orgulhosa. Eu acho que Gonzaga merece, os Gonzagas merecem”, diz Silvia Buarque.