O
plantão da Polícia Civil no Complexo Policial de Jequié, registrou no
período de sexta-feira (3) às 20h de domingo (5), dois assassinatos,
várias tentativas de homicídios, um carro e três motos tomados de
assalto e vários estabelecimentos comerciais assaltados, em um deles com
o bandido fazendo disparo de revólver  a ermo.

No
sábado (5), aproximadamente às 19h30 um indivíduo identificado pelo
pré-nome Caíque, invadiu armado com um revólver um mercadinho na Baixa
do Bomfim, abordou o proprietário do estabelecimento  e anunciou o
assalto, subtraindo do caixa certa quantia de dinheiro. Quando deixava o
local em uma moto pilotada por um comparsa, o assaltante foi alvejado
pelas costas por um tiro de espingarda. Caíque foi conduzido a
emergência do Hospital Geral Prado Valadares, onde não resistindo ao
ferimento veio a óbito.

O
indivíduo de pré nome Adriano, também conhecido pelo apelido de “Papa
Ovo”, foi vítima de três tiros de revolver, disparados por dois
elementos em uma motocicleta, por volta das 20h de domingo (5). O crime
ocorreu em uma rua do Curral Novo, próximo a quadra poliesportiva.

Na
Avenida César Borges, às 20h30 de sábado (5)  foi tomado de assalto, 
de Carlos Cleiton Santiago,  um automóvel Honda Civic, placa JRX-9233,
 por dois elementos armados em uma motocicleta preta. O veículo ainda
não foi recuperado.

Duas
motos furtadas: Alan Brandão trafegava com a moto JRE-5004,  pela Rua
Bertino Passos, quando foi interceptado por dois indivíduos que
anunciaram o assalto e levaram o seu veículo. Elton Bezerra Costa,
trafegava pela Avenida Franz Gedeon, quando parou o veículo para atender
uma chamada no celular, quando foi rendido por dois elementos que
levaram o seu de cor azul, de placa não informada.  Na Rua José Moreira
Sobrinho, em frente ao portão de acesso da Uesb, o motociclista Emiraldo
Pereira de Araújo, teve a sua moto vermelha JSX-1323,  tomada de
assalto por dois elementos em uma outra moto.

Ao deixarem o prédio da Assembleia Legislativa, os deputados oposicionistas
conversaram com a imprensa e relataram o clima tenso entre os policiais
grevistas que permanecem no interior do edifício. Os manifestantes
disseram que têm mantimentos suficientes para ficar mais dez dias na
AL-BA, caso a situação não se resolva, e garantiram que não permitirão a
retirada de crianças do local.
Depois de conversar com o grupo, a ala da minoria disse que a decisão
“está no colo do governador”. Os manifestantes pedem anistia
administrativa, revogação das prisões e já se contentam com o pagamento
da GAP-4 (gratificação por atividade de polícia), a partir de março,
dentro das condições fiscais do governo. “Viemos aqui com a intenção de
colaborar, ouvir os grevistas e chegar a uma solução, ao contrário do
PT, que, em 2001, como reafirmou [Marcos] Prisco há pouco, patrocinou o
movimento”, afirmou Sandro Régis (PR). O clima no local continua tenso,
porém mais ameno do que pela manhã.

Por volta das 6h desta segunda-feira (6), 600 homens do Exército começaram a fazer o isolamento do prédio da Assembleia Legislativa, no Centro Administrativo da Bahia, para que a Polícia Federal possa cumprir os 11 mandados de prisão contra policiais militares grevistas que ocupam a Casa Legislativa desde o último dia 31. Um mandado já foi cumprido na madrugada de sábado (4) para domingo (5). A Justiça já havia decretado a ilegalidade do movimento e expedido 12 mandados de prisão.
Além do Exército, homens da Caatinga e da Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar estão nas proximidades da Assembleia. Segundo o tenente-coronel Cunha, responsável pela área de Comunicação do Exército, depois do isolamento da área, os mandados de prisão vão ser cumpridos.
Estão na região da Assembleia também o secretário da Segurança, Maurício Barbosa, o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, e o general G.Dias, comandante das forças de segurança na Bahia.
O pedido para a descoupação do prédio da Assembleia foi feito no domingo (5) à tarde pelo presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo, ao general G.Dias. Nilo disse que “os trabalhos legislativos precisam voltar à normalidade e que a Assembleia não pode ser usada como abrigo para foragidos da Justiça.” O deputado falou ainda que o pedido partiu dele mesmo, e não do governador.