Sete anos do assassinato cruel da Missionária Dorothy Stang


Neste domingo completa-se sete anos da
morte da missionária americana Dorothy Mae Stang, conhecida como irmã
Dorothy. Para homenagear a ativista, o Comitê Dorothy, grupo de
ativistas, organizou uma celebração inter-religiosa na Praça da
República, em Belém (PA), pela manhã.


Dorothy foi morta em 2005 em Anapu (PA). A missionária vivia há 20 anos
na região, atuando no trabalho com camponeses e na luta contra
grileiros de terras.Além de lembrar a luta de Dorothy, o encontro
reafirmou o compromisso do legado deixado pela missionária a favor da
não destruição e do meio ambiente. No meio da homenagem, faixas com
dizeres contra a construção da Usina Belo Monte foram levantadas.

 

O crime

A missionária americana Dorothy Stang foi
morta com seis tiros na manhã do dia 12 de fevereiro de 2005, em uma
estrada rural do município de Anapu (PA), local como conhecido como
Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança (PDS). De acordo com a
denúncia, Dorothy era a maior liderança do PDS e, por isso, atraiu a
inimizade de fazendeiros da região que se diziam proprietários das
terras que seriam utilizadas no projeto.

A denúncia apontou Rayfran das Neves
Sales como executor do crime, com ajuda de Clodoaldo Carlos Batista. As
investigações apontaram que eles agiram a mando de Amair Feijoli da
Cunha, Vitalmiro Bastos de Moura e Regivaldo Pereira Galvão, mediante
pagamento de R$ 50 mil. Todos foram condenados, mas nenhum deles
condenados a pena de morte. Aliás pena de morte não é para país sem
violência como o Brasil.

Mais sobre a crueldade;

A missionária americana Dorothy Stang foi
assassinada em 12 de fevereiro de 2005 com seis tiros em uma estrada de
terra próxima ao município de Anapu, no Pará. Ela tinha 73 anos e
trabalhava na região com pequenos agricultores que lutam pelo direito à
terra e contra a exploração dos grandes fazendeiros da região. A morte
da missionária teria sido encomendada porque o trabalho dela contrariava
esses interesses.

O caso teve cinco envolvidos: Rayfran
Sales, o Fogoió, autor dos disparos; Amair Feijoli da Cunha,
intermediário; Clodoaldo Batista, que acompanhou Rayfran no crime; e os
dois fazendeiros apontados como mandantes, Taradão e Vitalmiro Moura, o
Bida. Todos negam participação no crime, mas quatro deles foram julgados
e condenados.

 

Bida recebeu pena de 30 anos de prisão em
um primeiro julgamento, em 2007, mas acabou inocentado no segundo júri,
que foi realizado em maio de 2008. A Justiça paraense, entretanto,
anulou a absolvição do fazendeiro e, em 2009, decretou nova prisão. Em
abril do ano passado, ele conseguiu uma liminar que o mantinha em
liberdade, mas, no último dia 4, a medida foi revogada. Dois dias
depois, Bida se entregou à Polícia Civil do Pará e permaneceu preso até a
nova condenação desta segunda-feira (12).

 

Um dos mandantes do crime, o fazendeiro
Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como Taradão, ainda não foi
julgado.O fazendeiro aguarda em liberdade o julgamento que deve
acontecer ainda este ano.Feijoli e
Clodoaldo Batista também estão na cadeia e cumprem pena de 18 e 17 anos
de reclusão, respectivamente. Fogoió foi condenado a 27 anos de prisão
em dezembro de 2005, passou por mais um julgamento e iria passar por
júri popular em dezembro de 2009, mas teve o julgamento cancelado.

 

Irmã Dorothy iniciou seu ministério no
Brasil em 1966 no Estado do Maranhão. Ela atuava na Amazônia desde a
década de setenta com trabalhadores rurais da região do Xingu. A
missionária lutava pela geração de emprego e de renda com projetos de
reflorestamento em áreas degradadas e também queria a diminuição dos
conflitos fundiários na região. Antes de morrer, ela foi ameaçada
diversas vezes. Informações do Terra.

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