ATAQUES NO IRAQUE DEIXA PELOMENOS 53 MORTOS


BAGDÁ, 13 Jun (Reuters) – Bombardeios e disparos contra peregrinos
muçulmanos xiitas em Bagdá e a polícia em todo o Iraque mataram pelo
menos 53 pessoas nesta quarta-feira, em ataques aparentemente
coordenados durante um grande festival religioso.
Pelo menos 18
pessoas morreram quando quatro bombas atingiram peregrinos em Bagdá,
enquanto eles se reuniam para celebrar o aniversário da morte do imã
xiita Moussa al-Kadhim, um bisneto do Profeta Mohammad.
Uma dessas explosões matou pelo menos nove pessoas, enquanto peregrinos passavam por um posto policial no centro de Bagdá.
“Um
grupo de peregrinos foi a pé e passou por uma tenda que oferecia
alimentos e bebidas, quando de repente um carro explodiu perto deles”,
disse Wathiq Muhana, um policial cuja patrulha estava posicionada perto
do local da explosão, no distrito de Karrada.
Segurança extra e
postos de controle estão em vigor esta semana, à medida que milhares de
peregrinos chegam a Bagdá para se reunir em um santuário no distrito de
Kadhimiyah, no norte da capital, para o festival religioso xiita.
Em
um ataque separado na cidade de Hilla, no sul do país e de maioria
xiita, a polícia disse que dois carros-bomba, incluindo um detonado por
um homem-bomba, explodiram em frente a restaurantes usados por forças de
segurança, matando 22 pessoas e ferindo 38.
“Quando um
microônibus cheio de policiais parou perto dos restaurantes, um carro
explodiu perto do ônibus”, disse Maitham Sahib, proprietário de um
restaurante perto do local da explosão em Hilla.
Outros dois
carros-bombas mataram quatro pessoas na cidade xiita de Balad, um
veículo que explodiu em Kerbala matou 3 e feriu 17, e outro em Haswa, 50
quilômetros ao sul de Bagdá, matou uma pessoa e feriu quatro.
Cinco
soldados também foram mortos por homens armados em um ataque contra um
posto de controle do Exército no sul da capital, informou a polícia.
As
tensões políticas têm sido elevadas no Iraque desde que as últimas
tropas norte-americanas deixaram o país em dezembro, com um frágil
governo dividido entre blocos apoiados por sunitas, xiitas e grupos
étnicos curdos que brigam por um acordo de partilha do poder.
(Reportagem de Ahmed Rasheed, em Bagdá)

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