Bicicleta afeta fertilidade masculina


Um estudo sobre homens que procuram clínicas de fertilidade concluiu
que aqueles que andam de bicicleta por cinco ou mais horas por semana
têm mais chances de ter problemas de fertilidade. A pesquisa da
Universidade de Boston relacionou a prática com a incidência de baixa
contagem de espermatozoides e uma pobre capacidade de movimentação
deles.
 
A pouca mobilidade ou quantidade de espermatozoides influenciam
diretamente na fertilidade masculina, já que se eles não conseguem
chegar ao óvulo e fecundá-lo. Quando apresentam essas características
são considerados de baixa qualidade.
 
Estudos anteriores com ciclistas que fazem competições já haviam feito a
relação entre os atletas e a baixa qualidade do sémen, bem como
problemas urinários e genitais, mas até agora sem essas ligações não
haviam sido comprovadas entre os ciclistas não-competitivos.
 
Liderados por Lauren Wise, professora de epidemiologia da Escola de
Saúde Pública da Universidade de Boston, os pesquisadores estudaram
2.261 homens, membros de casais que passariam por tratamento de
fertilidade, entre 1993 e 2003. Eles deixaram uma amostra de sêmen e
responderam a um questionário que incluía perguntas sobre os seus níveis
de exercício, tipo de exercício físico, saúde geral e história médica.
 
Quando os investigadores detalharam a coleta de dados por formas
específicas de exercício, descobriram que homens que andam de bicicleta
por cinco horas ou mais por semana apresentaram maior probabilidade de
ter uma baixa contagem de espermatozoides e de baixa qualidade do que os
homens que não se exercitavam naquela frequência ou que faziam outras
formas de exercício.
 
Menos de um quarto dos que não se exercitavam tiveram uma baixa
contagem de esperma em comparação com 31% dos assíduos pilotos de moto.
Pouco mais de um quarto (27%) dos homens sedentários apresentaram baixa
qualidade do esperma em comparação a 40% dos ciclistas.
 
A professora acredita que a qualidade do sêmen pode ser afetada pela
elevação da temperatura no escroto ou trauma durante o ciclismo, mas
afirma que é cedo para ter certeza da causa.

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