Dia Internacional da Cruz Vermelha é comemorado em 8 de maio


Os sofrimentos presenciados nos campos de batalha na Itália, em 1859, inspiraram o então comerciante Henry Dunant ao socorrer os soldados feridos, lançando assim a semente do que viria a ser a Cruz Vermelha, que ganhou uma data especial no dia 8 de maio para lembrar o nascimento de seu fundador. Inicialmente chamado de Comitê Internacional para a Assistência aos Feridos, e mais tarde renomeado para Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), o grupo ganhou status de instituição oficial em 1863. De lá para cá, é notório o trabalho desenvolvido pela instituição, sempre presente onde vítimas de violência e desastres naturais necessitam de ajuda.
O Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (versão da Cruz Vermelha presente em países islâmicos) conta atualmente com cerca de 97 milhões de voluntários, parceiros e colaboradores que atuam em 187 países. Em resposta à violência que afeta a Síria desde março de 2011, o CICV trabalha com o Crescente Vermelho Árabe Sírio para atender as necessidades básicas das pessoas afetadas direta ou indiretamente pelos combates, sobretudo mediante a prestação de atendimento médico de urgência e primeiros socorros aos feridos e doentes. Na Somália, o CICV presta assistência emergencial às pessoas afetadas diretamente pelo conflito armado, que vivem em uma situação quase sempre agravada por desastres naturais, e administra extensos programas de primeiros socorros, assistência médica e assistência básica à saúde. Promove o respeito ao Direito Internacional Humanitário (DIH) e realiza projetos de agricultura e abastecimento de água para melhorar a segurança econômica e as condições de vida da população.
No Brasil, a Cruz Vermelha está presente desde 1908, levando ajuda humanitária seja para as pessoas atingidas pela seca no Nordeste seja para quem sofre permanentemente com enchentes como as do Rio de Janeiro. No programa Ação de 4 de maio, a equipe mostrou o trabalho dos voluntários da Cruz Vermelha em Petrópolis, região que sofre com os efeitos da chuva de verão.
“A Cruz Vermelha atua em todo o mundo, baseada em sete princípios fundamentais: Humanidade, Imparcialidade, Neutralidade, Independência, Voluntariado, Unidade e Universalidade. Suas ações no cumprimento de sua missão humanitária estão voltadas para as seguintes áreas essenciais: saúde, educação, socorros, juventude, voluntariado, meio ambiente, entre outras. Atualmente, a Cruz Vermelha Brasileira está distribuída em quase todo o território nacional (exceto no Acre, Amapá, Piauí, Roraima e Rondônia) através de 23 filiais estaduais, que contam com um quadro de cerca de 15 mil voluntários cadastrados em todo o Brasil”, diz Luiz Alberto Lemos Sampaio, presidente da Cruz Vermelha Brasileira, filial do Rio de Janeiro.
Mesmo quando não há nenhuma calamidade, a Cruz Vermelha continua atuando com ações preventivas e educacionais em escolas, universidades, comunidades, empresas, organizações religiosas, entre outras. A instituição já está se preparando para a Copa do Mundo e as Olimpíadas, participando de reuniões com os organizadores dos eventos. No Rio de Janeiro, por exemplo, a filial local estará participando da Jornada Mundial da Juventude com cerca de 500 voluntários socorristas prestando atendimento de primeiros socorros ao público do evento. Apesar do trabalho importante, a instituição não recebe subsídios do governo? “Nós nos sustentamos por meio de doações espontâneas, promoção de cursos e palestras em empresas privadas e administração de convênios de gestão de saúde”, conta Sampaio.
Aos interessados em ajudar, a Cruz Vermelha oferece capacitação para voluntários. O carro-chefe ainda são os primeiros socorros e, atualmente, em cumprimento à Lei Federal nº 13.780/04, a instituição está capacitando alunos da rede pública para o primeiro atendimento com o objetivo de salvar vidas e amenizar sequelas até o socorro qualificado chegar.
“Hoje o trabalho voluntário ou a doação financeira é mais aparente em situações emergenciais. Lamentavelmente, em períodos de normalidade a instituição sofre sem ajuda necessária à sua sobrevivência. Muitas vezes, quando o problema sai da mídia, a ajuda abandona o cenário de calamidade. Nesta hora, o trabalho dos voluntários da Cruz Vermelha é quase solitária e pouco reconhecida. Temos alguns bons parceiros, porém, certamente se mais tivéssemos, mais faríamos. Para ser um voluntário, basta entrar em contato a Cruz Vermelha de cada região. A ajuda financeira pode ser feita através de participação no programa sócio-contribuinte ou através de doações pelo site www.cruzvermelharj.org.br, onde estão todos os procedimentos e detalhes para adesão às ações”, completa. G. Cidadania.

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