Durante cerimônia oficial, Venezuela é calorosamente recebida no Mercosul


A presidente Dilma Rousseff ofereceu nesta terça-feira (31) uma
“calorosa recepção” ao Mercosul “a todo o povo da Venezuela”, país que
foi incorporado ao bloco na cúpula extraordinária realizada em Brasília.

A chefe de Estado brasileira deu uma entrevista aos jornalistas após uma
reunião privada com os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner;
Uruguai, José Mujica, e Venezuela, Hugo Chávez.

O Brasil detém atualmente a presidência rotativa do Mercosul e Dilma
considerou “uma honra” liderar uma reunião do bloco “em um momento
histórico como este”, no qual a Venezuela “se transforma no quinto
Estado-membro”.

A líder Destacou que “o Mercosul se estende agora da Patagônia até o
Caribe”, confirmando-se como “uma potência mundial” em áreas como a
produção de alimentos e energia. E se transforma, além disso, na “quinta
economia do mundo”, com um PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 6,7
trilhões (US$ 3,3 trilhões).


Dilma convidou “os setores empresariais de toda a região a participarem
ativamente deste momento” e defendeu que a entrada da Venezuela ao bloco
abre novas oportunidades para o comércio, integração produtiva e
investimentos.



“A Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo, mas precisa
avançar em sua industrialização”, declarou. Dilma também citou o caso do
Paraguai, país suspenso do bloco após a destituição do ex-presidente
Fernando Lugo, em junho, e voltou a defender a decisão adotada pelo
Brasil, Argentina e Uruguai, atribuída a um “inequívoco compromisso do
Mercosul com a democracia”.



Segundo Dilma, “a perspectiva é que o Paraguai normalize sua situação interna e recupere todos seus direitos plenos no Mercosul”


Processo de integração




A Venezuela terá até 2016 para se ajustar às regras comerciais do
Mercosul, disseram nesta segunda-feira chanceleres do bloco, em uma
reunião prévia à cerimônia presidencial, que selará sua adesão como novo
sócio pleno do grupo.



Contudo, a expectativa do Brasil – presidente temporário do bloco – é
que até janeiro de 2013 a Venezuela incorpore as normas gerais do
Mercosul, inclusive as diferenças tarifárias para o comércio dentro do
bloco, disse uma fonte da chancelaria brasileira sob anonimato.



Após a cerimônia desta terça-feira, será iniciado em 13 de agosto um
grupo de trabalho, por um período prorrogável de 180 dias, para avançar
na adoção por parte da Venezuela das regras comerciais do Mercosul,
segundo uma declaração dos chanceleres.

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