A gaúcha Anna Cláudia Klein Rocha é casada com o recifense Flávio Rocha desde 1990 e tiveram três filhos. Frequentadores da igreja Sara Nossa Terra desde 2003, eles se consideram preparados para contribuir com o país de outras maneiras.
Pré-candidato à presidência da República, a trajetória de Rocha na política é errática. Já foi deputado federal por dois mandatos pelo antigo PL, mas atualmente não estão filiados a nenhum partido. A esposa garante que ele está motivado pela “vontade de reconstruir o Brasil”.
Até o momento, a campanha de Rocha, mais conhecido por ser o dono da rede varejista Riachuelo, é baseada no apoio do grupo político Brasil 200 e no Movimento Brasil Livre (MBL).
No início do ano, em evento da Sara Nossa Terra, o empresário afirmou que estava “orando” para que surgisse no país “novas lideranças, com boas ideias para a economia e também bons costumes”. Aparentemente, decidiu oferecer isso ao país lançando sua própria candidatura.
Essa junção de “liberal na economia” e um “conservador nos valores” era um discurso que até o momento apenas Jair Bolsonaro defendia. Atualmente, Rocha está viajando pelo país numa caravana improvisada. Descartando a possibilidade de ser vice de Bolsonaro, não nega as similaridades com o capitão carioca.
Ele defende a valorização da família, dos bons costumes, ao mesmo tempo que fala sobre liberalismo, empreendedorismo, livre-iniciativa, desregulação e o Estado menos intrusivo. Também combate o politicamente correto (ou seja, o patrulhamento ideológico de fundo marxista), mostrando que se alinha com o pensamento da chamada “nova direita”.
Em entrevista à revista Época, Anna Cláudia explicou que a fé cristã é muito importante para o casal: “O Flávio é uma pessoa que tem muita fé, e a gente segue os princípios voltados para a família e para a Bíblia”.
Disse ainda que eles são assíduos aos cultos: “Vamos toda semana [à igreja], aqui em São Paulo. Para mim é bem importante, sabe? Realmente me sinto bem próxima de Deus naquele lugar. E para mim é maravilhoso ter uma palavra nova, um direcionamento novo da Bíblia… a Palavra de Deus é o alimento, e a gente precisa também desse alimento para o nosso lado espiritual. Vamos à igreja e voltamos revigorados”.
Se confirmada sua candidatura, Rocha será o segundo na corrida presidencial a se declarar evangélico. Marina Silva, que é membro da Assembleia de Deus, nunca escondeu isso do eleitos, mas tampouco fez questão de defender os valores de sua fé, preferindo a conformidade com as pautas de seu partido, a Rede, assumidamente de esquerda.
Deixe seu comentário