Internet mais veloz chega ao país até abril com limitações


Rede de internet mais veloz, que
chegará ao país até abril, ficará restrita, no início, a apenas 50% da
área de seis capitais. Em junho de 2013, quando a seleção de futebol
estrear na Copa das Confederações, o Brasil entrará na era da internet
móvel 4G. As operadoras de telefonia têm até abril para começar a vender
o serviço, que, no início, será para poucos -não pelo preço, mas pela
cobertura. Em sua estreia, o 4G estará disponível em, no máximo, 50% da
área urbana das seis sedes do torneio (Brasília, Belo Horizonte,
Fortaleza, Recife, Salvador e Rio), totalizando cerca de 10 mil antenas.

 

Quem vinculou a implantação da rede 4G ao torneio de futebol foi o
governo, dentro dos preparativos de infraestrutura para o Mundial de
2014. Por isso, São Paulo, que não sedia a Copa das Confederações, não é
prioridade agora e pode demorar ainda mais para receber o 4G. Para
especialistas do setor ouvidos pela Folha, as 10 mil antenas não são o
suficiente, pois, para cobrir a mesma área de uma antena 3G, é preciso
três ou quatro antenas 4G -por isso a oferta do novo serviço será tão
limitada.

 

Apesar da área restrita, a rede 4G nacional oferecerá os mesmos
recursos das disponíveis no exterior: velocidade de transmissão de dados
até 15 vezes superior à do 3G. O que significa, por exemplo, poder
assistir a partidas de futebol ao vivo pelo celular sem as interrupções e
os engasgos típicos do 3G brasileiro. Na semana passada, durante a
feira de telecomunicações Futurecom, no Rio, as teles anunciaram o
início da construção das redes 4G que, nesta primeira etapa,
aproveitarão a estrutura já existente -uma torre com equipamento 3G
também terá o 4G.

 

A TIM é a única ainda em fase de negociação, mas anunciou que está
prestes a fechar contratos. A Claro e a Oi já fazem testes fechados do
serviço, em redes experimentais em Campos do Jordão (SP), Paraty (RJ),
Búzios (RJ) e Brasília, no caso da Claro, e no bairro do Leblon, no caso
da Oi. Somados, os investimentos das quatro operadoras devem chegar a
R$ 4 bilhões nessa primeira fase de implantação do 4G, sem contar os R$
2,9 bilhões já gastos com as licenças do serviço, leiloadas em junho
passado.

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