Manifestantes fazem protesto contra o aumento da violência em Niterói


Na manhã deste sábado, o Movimento Rio de Paz fez um ato público em
protesto contra o aumento da criminalidade em Niterói. Na Praia de
Icaraí, dezenas de manifestantes entraram numa “prisão” de arame farpado
de 50 metros quadrados, montada nas areias da praia. 
Eles permaneceram por uma hora da “prisão”, de onde foram retirados após a cerca de arame farpado ter sido cortada. 
Perto
do local do protesto, uma cabine blindada da Polícia Militar, com
aparência de nova e equipada com forno micro-ondas, frigobar e filtro,
parecia abandonada. De acordo com moradores, no local há tempos não há
policiais. 
A manifestação tem o objetivo de chamar a atenção das
autoridades públicas para o número crescente de roubos e homicídios que
têm amedrontado os habitantes de Niterói.
Entre
as medidas reivindicadas pelo movimento estão o aumento do efetivo da
Polícia Militar, o policiamento ostensivo nas ruas, um plano de
segurança pública para áreas ainda não pacificadas, políticas públicas
para as comunidades pobres e a investigação da autoria dos crimes
cometidos a fim de acabar com a impunidade dos criminosos. 
O
presidente da ONG Rio de Paz, Antonio Carlos Costa, espera que o
protesto chame atenção do poder público para o atual clima de
insegurança que atinge os moradores de Niterói.
“Queremos
apresentar pro poder público o drama da população que se sente
aprisionada pelo medo. A cerca de arame farpado simboliza a prisão
psicológica do niteroiense, causada pela violência. É uma mensagem
também a sociedade. Temos que reagir”, explica Antonio. 
Segundo Antônio Costa, não há um plano de segurança pública para o
Brasil apesar de meio milhão de brasileiros terem sido assassinados nos
últimos 10 anos e muitos outros terem desaparecido.
“Até quando o
Estado brasileiro não oferecerá resposta para a violação do direito à
vida? Por que a maioria dos estados não tem meta de redução de
homicídio? Qual o motivo de não termos as estatísticas da segurança
pública atualizadas? (…) O problema não é apenas da esfera do poder
público estadual, é também da alçada federal”, acrescentou Antônio.

AVISO: O conteúdo de cada comentário nesta página é de única e exclusiva responsabilidade do autor da mensagem. Dê sua opinião com responsabilidade!