Partido Ecológico Nacional estaria ligado à Assembleia de Deus


O Tribunal Superior Eleitoral aprovou recentemente o pedido de
registro do trigésimo partido político brasileiro. Partido Ecológico
Nacional (PEN) usará o número 51 nas futuras eleições.
A coluna Panorama Político, do jornal O Globo veiculou hoje a informação que o partido está ligado à Assembleia de Deus, que seguiria, assim, o modelo da Igreja Universal, que tem influência direta no PRB.
O site oficial do PEN traz algumas ideias defendidas pelo partido,
como: redução de emissão de gases do efeito-estufa nas grandes cidades;
incentivo ao reaproveitamento e reciclagem de materiais; criação de
varas ambientais especializadas e definição de regras para a aplicação
do Código Florestal em áreas urbanas.
Mas não há no site menção dessa relação com as Assembleias de Deus,
mas a notícia repercutiu hoje em diferentes sites e blogs, gerando
muitas críticas dos que são avessos ao envolvimento de religiosos com a
política, incluindo vários evangélicos.
O maior elo de ligação com a maior denominação evangélica do Brasil é
o presidente do PEN, Adilson Barroso, líder da AD e ex-deputado
estadual de São Paulo pelo Partido Social Cristão (PSC). E justamente o
PSC será a sigla que mais deve perder, pois 10 de seus 16 deputados são
ligados à Assembleia de Deus.  Adilson estaria tentando levar para seu
partido todos os 24 deputados federais eleitos principalmente pelos
votos do fieis assembleianos. Isso faria deles a décima maior bancada do
país.
O PEN não poderá participar das eleições municipais de outubro
porque, de acordo com as regras do Tribunal Superior Eleitoral, o
partido precisa ser criado um ano antes de um pleito para poder entrar
na disputa.
De acordo com Adílson Barroso, o novo partido quer defender o
crescimento sustentável, “mas sem radicalismos”. “Somos a favor da
produção, da indústria, da geração de empregos, mas sempre respeitando o
meio ambiente. Não achamos que só se deva plantar árvore e só comer
folha”, afirma.
Ao falar sobre uma semelhança de propostas entre o PEN e o Partido
Verde, Barroso afirmou apenas que o país tem necessidade de mais uma
legenda voltada para a questão ambiental. “Partidos trabalhistas, temos
um bocado, PT, PTB, PT do B… Por que não podemos ter também mais de um
do segmento sustentável?”, questiona.
Ainda de acordo com o presidente da nova legenda, só depois que a
bancada nacional estiver formada o partido vai decidir se vai ser base
ou oposição do governo Dilma.
Com informações O Globo e G1.com

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