Pastores e membros de igreja são denunciados por fraude


A Igreja Assembleia de Deus Ministério Rio Preto, afirma seu site,
possuir mais de 5 mil membros apenas em Rio Preto, São Paulo. Seriam
outras 100 igrejas associadas no Estado.
Seu pastor-presidente, Wanderley Melo, foi denunciado pelo Ministério
Público pelos crimes de formação de quadrilha, fraude processual,
falsificação de documento e uso de documento falso. Também estão
arrolados no processo, Claudete de Jesus Perozin, viúva do pastor José
Perozin, o pastor Alcemiro de Campos Oliveira, o tesoureiro André
Faustino Machado e sua mulher, Sueli Araújo Nascimento Machado,
secretária da igreja.
O promotor de Justiça José Heitor dos Santos afirmou que “em
quadrilha, os denunciados criaram falsamente a declaração, inclusive
falsificando a assinatura do pastor José Perozin,(…) fazendo constar
ainda, sempre falsamente, que a declaração foi feia no dia 15 de julho
de 2007.”
Os acusados teriam usado uma declaração falsa, assinada pelo falecido
José Perozin, ex-pastor da igreja, deixando o pastor Wanderley como seu
substituto na presidência da igreja. Segundo a denúncia do promotor, há
“indícios muito fortes de que a declaração foi falsamente produzida no
dia seguinte à morte do pastor José Perozin, ou seja, no dia 5 de
janeiro de 2009.”
“Enquanto o pastor José Perozin era velado, após receber a declaração
de Claudete, mulher do pastor falecido, e de seu marido André
(Machado), Sueli a entregou para o pastor Alcemiro (Oliveira), que no
mesmo dia providenciou o reconhecimento (de firma) da assinatura do
pastor José Perozin”, afirmou.
Tanto o Instituto de Criminalística de São Paulo quanto o perito
Jorge Paulete Vanrell, contratado pelo irmão do pastor morto, Aparecido
Perozin, constataram que o documento foi falsificado. Segundo o
promotor, o pastor morto era advogado e, “dificilmente deixaria uma
declaração tão importante sem reconhecer firma de sua assinatura”.
O imbróglio começou quando Aparecido assumiu interinamente a
presidência da igreja, mas foi destituído por Melo do cargo, em 8 de
fevereiro de 2009. No mesmo dia, Melo assinou seu primeiro ato
administrativo, que concedia uma ajuda vitalícia e mensal de R$ 7 mil,
“em caráter irrevogável e irretratável”, a Claudete, viúva de José
Perozin.
Outro trecho da denúncia afirma que “pessoas também foram
beneficiadas por Wanderley Melo, que passou a distribuir veículos. Um
deles para André Faustino Machado, que recebeu o veículo Chevrolet
Corsa”.
O caso está nas mãos do juiz da 3ª Vara Criminal de Rio Preto, Diniz
Fernando Ferreira da Cruz. Se foram condenados, os acusados podem pegar
até cinco anos de prisão.
Ouvidos pelo Diário, o pastor Wanderley Melo negou as acusações
feitas pelo Ministério Público. Ele acredita que o objetivo dessa
denúncia é desestabilizar a Igreja com a perda de membros.
O advogado de defesa dos réus, João Mineiro Viana, disse apenas
“Nesse momento vou aguardar para ver se a denúncia será ou não recebida.
Todos negam as acusações”. Com informações Diário Web.

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