Quase três anos depois, um crime ainda sem culpado


Quase três anos após aquela trágica noite na sacristia da Matriz
Sagrados Corações, a morte de Viviane Castro Miranda ainda é um crime
sem um culpado condenado. Segundo o delegado Luiz Antônio Businaro,
titular da 76ª DP (Niterói), que ficou responsável pela investigação do
assassinato, Felipe Motta Pereira Natal foi indiciado pela morte de
Viviane.
Por duas vezes, o inquérito, enviado ao Ministério
Público, voltou para a delegacia, para que outras testemunhas fossem
ouvidas, arquivos do computador de Felipe pudessem ser analisados e
imagens do circuito de segurança do prédio onde morava o rapaz passassem
por uma perícia. Nada, porém, mudou o indiciamento por homicídio doloso
do jovem, explica Gustavo Aguiar, responsável pelo Setor de
Investigações da 76ª DP.
O inquérito, com três volumes e quase 600
páginas, ainda está na delegacia, para onde foi pela última vez no fim
do ano passado, e deverá ser remetido em breve para o Ministério
Público.
Por enquanto, o que há apenas é a dor da família da
psicóloga, que um desabafo da mãe da jovem, Lúcia Helena, feito na época
do crime, mostra bem:
“Desde que minha filha foi assassinada, eu
não voltei mais em casa. Como posso estar num lugar em que eu fui tão
feliz e que agora está pela metade? Quando ele matou minha filha, morreu
uma parte de mim também. Ela era minha amiga, minha mãe, minha irmã…
Eu nunca mais vou ser a mesma”.

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